Quimera do Ouro
querido
sussurar-te um " quero tudo "
ao teu ouvido
Tudo
contudo
é bem pouco para o muito
em que me desnudo
Eu quero
eu queria a lua
eu quero a tua
boca que eu quero tocar
se estou já nua
Eu quero a quimera
quem dera
fosse a do ouro do teu olhar
Eu quero a quimera do ouro
brilhando à luz do teu olhar
Eu quero
a lua e vénus
quero ao menos
toda a luz
que o sol me traz
quando nos vemos
Eu quero a quimera
quem dera
fosse a do ouro do teu olhar
Eu quero a quimera do ouro
brilhando à luz do teu olhar"
Frequentemente convenço-me que nunca me enquadrarei neste mundo que retrai os sentimentos.
Penso:
Mas se é tão bom amar loucamente, porque é que faço mal em viver assim? Se o amor desmedido tem um sabor único que enche o coração de um modo incomparável, porque é que tenho de o controlar?!... Se o amor é um sentimento, não pode ser retraído ou controlado; caso contrário começa a consumir-nos por dentro, acabando por nos transformar em pessoas amarguradas e tristes... sempre à espera da próxima falha, cheios de defesas erguidas, à espera do primeiro ataque.
Mas não há nada que chegue aos calcanhares de não ter fome, sono, cansaço ou preguiça na vida, de tão preenchida de amor que ela está. E isso, só é conseguido quando realmente nos entregamos a ele e pomos de parte o tal "medo" e histórias tristes do passado que só servem para complicar o presente.
amor, amor, amor
PS- agradeço ao meu querido Sérgio por, mais uma vez, escrever para mim! :D