segunda-feira, junho 26, 2006

Pensamento do dia

Não existem relações complicadas, apenas expectativas diferentes.

sexta-feira, junho 23, 2006

23 a 23 :)

Há precisamente 23 anos atrás, ganhei a minha primeira bicicleta! "Juntamente" com ela vinha um brinde: muito pequeno, com 2 ou 3 pêlos na cabeça (que generosamente chamavam cabelo) e não fazia muito mais para além de comer e dormir!
Lembro-me que de imediato gostei do brinde apesar de dar mais atenção à bicicleta. Afinal de contas foi por causa do brinde que me deram a bicicleta, por isso não poderia ser uma ameaça assim tão grande na primazia da atenção dos crescidos sobre mim.

O tempo foi passando e aquele brinde começou a ganhar terreno em relação à bicicleta. Era sempre diferente, assobiava quando ainda não sabia falar e eu podia brincar a muito mais coisas do que com a bicicleta. O brinde começou a andar (e podem não acreditar, mas ainda me lembro do quanto ri, quando começou a dar os primeiros passos), depois começou a falar e a dar cabo do juízo de todos nós (felizmente). Transformou-se numa princesa amiga dos animais, e o gosto por esses bichos era tão grande que por vezes, em vez de falar connosco, relinchava ou ladrava como se a entendessemos. Era o caos!

Mais tempo foi passando e o brinde foi lançada aos leões (pensava eu) e foi para a pré-primária: como já era naturalmente extrovertido e sociavel, no primeiro dia, ficou logo lá a almoçar com o resto das gentes daquele local.
UI, o choque que foi! UI, a choradeira que foi!!! Então este brinde, que já tinha deixado o estatuto de brinde e passado ao de irmã mais nova, trocou a minha companhia à hora de almoço, por um bando de gente que ela tinha acabado de conhecer?!
A ciumeira foi tanta e o medo de perder aquele brinde que lentamente me tinha conquistado foi tão grande, que as lágrimas escorriam-me desalmadamente pela cara abaixo enquanto ouvia aquela "terrivel" noticia.
Depois, lá me habituei a partilhar o meu brinde com o resto do mundo, mas com a ciumeira sempre presente (porque preciosidades destas, não se arranjam em qualquer altura).
E ela foi vivendo e crescendo e vivendo e crescendo (nesta parte, poderia escrever um livro, à quantidade de aventuras que contaria sobre este brinde) e ganhando terreno no meu coração, porque a cada dia que passava, tornava-se uma pessoa melhor. (E eu toda babáda, que isto de vermos a nossas preciosidades vencerem, enche o peito de orgulho e admiração a qualquer um)

Hoje em dia, este brinde já é mesmo crescidote; vive de nariz empinado e é duma teimosia extrema! Tornou-se um ser devoto às suas amizades e daquelas raras pessoas com quem podemos contar sempre! É convicta e lutadora, metódica e aventureira. Mete-se em alhadas até nao poder mais, mas sai sempre com brio, porque se achar que vale a pena arregaça as mangas e trabalha que nem escrava para atingir os seus objectivos.
RIR é um dos seus maiores prazeres, e é famosa pelas suas maluqueiras, quando está inspirada.
Sem ninguém dar por isso, devorou livros e programas de interesse; e aquele brinde que apenas assobiava, hoje tem um discurso fluido sobre mais assuntos do que aqueles que podemos imaginar. É uma caixinha de surpresas de nos pode deixar de "queixo caído" a qualquer momento.... e tanto, tanto mais que podia dizer. MAS, este brinde é só meu, e o resto fica entre nós ;)

Graças a este brinde, deixei de ser bicho do buraco para ser bicho do mato (ai de quem lhe fizer mal! EU MATO), graças a este brinde, aprendi o que é admirar sem invejar, o que é desejar o melhor a alguém, sem me preocupar comigo. Graças a este brinde, aprendi a socializar, a rir, a construir pontes e a disfrutar as pequenas coisas boas da vida.
Com este brinde passei dos melhores momentos da minha vida, a ler calvins de manhã cedo na cama e a rir à gargalhada; A estar calada e confortável com isso; A jogar monopólio até às tantas da manhã sem parar de rir um segundo e tantos outros bons momentos que podia continuar a contar mas não posso porque tenho de ir fazer o Bolo de anos para este brinde magnífico que, a brincar a brincar, hoje faz 23 ANOS (xiça, como o tempo voa).

PARABÉNS, brinde do meu coração!!! :D

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quinta-feira, junho 22, 2006

fiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuu.........BUUUUUM!

Quando os vivos do presente se entregam à preguiça e negligenciam esse coração ávido de emoções fortes, a vida lança-te outro desafio...
Acorda aquele fantasma do passado, que já não era mais do que um amontoado de papelinhos guardados numa caixa secreta debaixo da cama e ordena-lhe que te ataque de sobressalto: ficas petrificada e as imagens desses tempos esbofeteiam-te os pensamentos à velocidade da luz. Tentas desprezar a situação para amenizares o medo e poderes voltar a mexer os teus membros...

Passas o resto do dia bem e chegas à noite, sem a lembraça do susto que te pregaram. Mas a vida é tramada e quando fazes zapping em busca do programa que menos te fizer pensar, aquele senhor que fala sobre ti, para ti e te acompanha em todas as situações da tua vida, aparece-te à frente, com toda a sua gradiosidade e importancia que tem para ti.
Os bichinhos da cabeça voltam a agitar-se e tu ficas a magicar o porquê de mais esta investida do mundo das coincidências.

fiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuu.........BUUUUUM!
A bomba foi lançada!

E tu ficas aí, de olhos bem abertos e ouvidos de tísica roendo até as unhas dos pés, a ver qual será o resultado final de mais este desafio com que a vida te brindou....

quinta-feira, junho 08, 2006

Pensar no agora

Tenho muita vontade de perder dias inteiros aqui a escrever; mas... ou estou a trabalhar ou o blogger não funciona por isso, deixo só uma mensagem curta a confirmar que estou de volta (acho que a culpa é do Sol ;) )

Entretanto, partilho convosco o meu desejo mais profundo dos ultimos dias:

Hum.... saudades de "só pensar no agora".... :D

segunda-feira, junho 05, 2006

Idade vs Vontade

mãe: Sabes quem é que encontrei ontem?
eu: Não. Quem?
mãe: A tua melhor amiga da primária. Está grávida :D Está tão bonita.
eu: Ah. Olha que bom!
mãe: A criança nasce em Dezembro. Também, ela já está na idade. Está provado que temos de ter filhos antes dos 30.
eu: Pois.... (e mais não disse)

A minha melhor amiga da primária, está grávida. A minha melhor amiga do secundário está casada e tenho mais uma carrada de amigas e amigos da minha idade ou mais novos que já se encontram casados ou grávidos.

Estou quase a chegar aos 30 e continuo solteira e sem vontade de casar, sem filhos e sem vontadade de os ter... mas tenho amigos a sugerirem que devia casar e familiares a baterem sempre no assunto dos filhos.

Pois eu, tenho algo a dizer a essa gente toda: não sinto VONTADE nenhuma de largar esta vida descomprometida. Não estou minimamente preparada para toda a azafama que antecede o dia do casório que se resume a meia duzia de horas de festa.
Não estou minimamente preparada para passar noites em claro enquanto a criança chora, ficar dias com o coração nas mãos porque tenho medo que lhe aconteça alguma coisa de mal, não poder ir jantar fora porque não tenho com quem a deixar, ou simplesmente.... deixar de ser egoista e passar a viver para os filhos.

O meu corpo está a chegar aos 30 anos de existência... mas a minha alma não tem a mesma idade do corpo. Dizem que já tenho idade para seguir a lei natural dos homens: casar, ter filhos e continuar a vida como os outros. Mais dia menos dia, o meu prazo de validade acaba.
ACABA???
Mas esta gente anda louca??? A minha vida acaba aos 30?! A minha vida COMEÇA aos 30! A minha vida começa todos os dias. Lá porque o meu corpo envelhece muito mais rápidamente do que o meu espírito, tenho de me render a ele?! E se eu não quiser ter filhos antes dos 40?! Será que, se algum dia esse instinto materno despertar em mim sou obrigada a gerar filhos?! E se optar pela adopção? Será que vão dizer que são menos meus filhos, do que se tivessem nascidos de mim?!

A idade e a vontade...
Chegamos a determinadas idades e "temos" de ter vontade de realizar certos ciclos da vida do homem. E quando essa vontade não é a nossa, o que devemos dizer?! E quando a vontade é dos outros? Mas porque raio é que acham que têm direito de estar a incentivar à mudança da nossa confortável vida, que tanto tempo demorou a construir e a chegar a esse nível de conforto?!
Estou na idade dos casamentos e dos filhos e não tenho vontade nenhuma de viver essa realidade.
Vivo muito bem assim, sinto que aínda tenho um longo caminho a percorrer e muito que suar até me cansar desta magnífica vida e finalmente decidir assentar e aí sim, poder seguir a lei natural dos homens.

Até chegar esse dia.... que me perdoem os mais sensíveis mas....
"O meu umbigo é MAIOR que o teu!" por conseguir viver bem comigo própria sem marido(s) ou filho(s):P