terça-feira, março 14, 2006

Acção-reacção

Recentemente lembrei-me dum episódio que se repetia com regularidade no meu passado....
(foste TU que o fizeste despoletar! seu... seu... avivador de memórias)
Enquanto aínda era miuda, o meu pai fartava-se de viajar. Passava a vida a ir para fora de Portugal e ficava sempre uns dias ausente. Dias esses que me pareciam anos!
Cada vez que ele ia, as lágrimas escorriam-me desalmadamente pela cara abaixo. Era incontrolável e automático. Era cá um aperto no coração... Ele dava-me o beijo, eu sorria, ele batia a porta e eu chorava.
Simples.
Lei da acção-reacção.
Com o passar do tempo, fui-me habituando à ideia de não o ter em casa a quantidade de vezes que gostaria. Como tudo na vida, aprendemos a adaptarmo-nos a todas as situações.
Continuei a vida normal, acabando por me "esquecer" destes episódios.

Até que TU apareceste na minha vida e me fizeste lembrar o passado.
Porque a cada vez que me dás o beijo de despedida, eu sorrio. E a cada vez que a porta bate, uma lágrima escorre e preciso duns segundos de concentração para voltar ao normal.
Simples.
Lei da acção-reacção.

A idade é outra, os sentimentos são diferentes e os interveniente também, mas o aperto no coração está lá.
Nunca ninguém me fez sentir assim outra vez. Nunca senti tantas saudades de alguém em tão pouco tempo.
E apesar de ter a perfeita consciência do ridículo da situação, o coração não consegue conter a emoção.
Mas como tudo na vida, hei de habituar-me e adaptar-me outra vez.
Porque nestas situações, há que ter sempre em mente a frase mais sábia que já ouvi:
"A dependencia é uma besta, que dá cabo de desejo
E a liberdade é uma maluca, que sabe o quanto vale um bejo!"

amor, amor, amor

12 Cachimbos Arrebitados:

Blogger Folha de Chá said...

Que lindo, essas saudades de não estar ali. :) Que te adaptes, sim, mas só q.b. :)

6:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pipas, Pipas...
fico tão contente de te ver assim...

mas, algo estranho senti, quando li o teu post; hoje essa frase sábia esteve muito cmg! tb eu a usei, como tu...

funny

bjolas!

8:31 da tarde  
Blogger Ana said...

:)
Quando era miúda acontecia-me o mesmo com o meu pai...

9:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pipas

Adoro a maneira como escreves, teus textos são limpos, claros, cheios de sentimento. Retomo vários momentos de minha vida quando os leio. Este último veio-me como uma luva, despertou-me sobre a necessidade de nos adaptarmos.

Beijo
Guria

Ah! Perdão pelo desabafo no meu blog, foi meio mal educado.
Como me achaste novamente?

11:42 da tarde  
Blogger Gelly said...

Lindo Pipinhas!!
Transpiras amor, amor, amor...
em cada palavra! Lindo!!!!!

:) :)

12:39 da manhã  
Blogger Terry_Henry said...

Infelizmente as recordações do meu pai são pessimas, mas adoro quando vejo alguém que tem uma boa relação com o pai.
Isso só me dá mais força p tentar ser um bom pai, o que já é positivo...

3:14 da manhã  
Blogger Mónica Lice said...

O amor é lindo!:))

Beijinhos!:)

2:13 da tarde  
Blogger Rosa said...

Não é nada ridículo! :) Principalmente porque tens plena consciência dos limites.

4:38 da tarde  
Blogger MicasMariana said...

á distância...mas para mim é um prazer sentir-te assim tao feliz e tao apaixonada.
:) beijosMUITOS

7:48 da tarde  
Blogger Etelvina said...

folha de chá:
Claro ;)

gabriela:
acho q ja n é a primeira x q isso acontece connosco ;)

nocas:
heheheh é curioso,não é?

GUria:
Muito obrigada pelo elogio. Até fiquei corada.hehehehe Encontrar-te outra x é facil: estas nos meus favoritos ;)

Gelly, a lice, ana:
:D:D:D

Terry henry:
então... força ai! ;)

Rosa:
és BEM capaz de ter razao! obrigada :D

Micas:
Mto, mas mm mto obrigada pelo o que disseste... :D

10:51 da manhã  
Blogger izzolda said...

Eu nunca estou preparada para as separações de quem gosto. Por mais que ache que estou!

Não acho que seja exactamente dependência...é mais complementaridade :)

5:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

oi. knd encontrei por acaso o teu blog e me deparei c este post, achei k n podia deixar de comentar. Está lindo, achei-o fantástico e transparece uma quantidade enorme de sentimentos que tantos de nós sentem, mas que ás vezes não são colocados cá p fora. O meu maior receio é vivê-los tb!

beijinhos

7:44 da tarde  

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