quarta-feira, setembro 27, 2006
quinta-feira, agosto 24, 2006
2, 1 e ZERO!
Do três para o zero foi um tirinho.
Em menos de meia hora, 50 mudas de roupa foram vestidas e o ponto de embraiagem custava a apanhar.
A ansia pesava muito e o medo crescia demasiado.
Não houve sinos ou borboletas nem estrelas ou cometas.
Os caminhos que tomamos um dia, afastaram-se em demasia. Não creio que se cruzarão mais. Resta-nos as histórias do passado e as memórias que cada um escolheu guardar.
Uma roupa qualquer foi vestida, numa fracção de minuto escolhida. Um aceno apressado trocamos na despedida de ambos.
Boa estrada para ti, que eu agora vou por aqui! :)
quarta-feira, agosto 16, 2006
Naperons, camilhas e toalhinhas pro tabuleiro de café!
Perto de minha casa, existe uma lojinha (de paredes amareladas pelos anos e vidros "fumados" do pó) especializada em toalhas de mesa, naperons, toalhas de banho, camilhas entre outros apretechos do género, para a casa.
Confesso que nos os meus passeios pela zona, sempre ignorei a lojinha. Também, nunca tinha visto ninguém a entrar lá ou sequer a mirar a montra. Até que, no outro dia vi 3 senhoras com mais de 60 Primaveras (cada uma) a comentarem aquela montra:
- Ai esta toalha de mesa, que bonita que é. Já viste?
- Muito bonita, sim senhor. Mas prefiro esta aqui: tem um rendilhado mais bonito.
- E vocês, já viram este naperon? Ficava tão bem lá no sófá... Esta casa tem coisas muito lindinhas. Sim senhor!
E lá estiveram as 3 senhoras, todas deliciadas, a comentar a montra dos naperons e rendilhados, durante uns bons minutos.
Não me lembro de comprar uma toalha de mesa que não fosse lisa e de côr bem escura (para não se notarem as manchas de vinho tinto). Os meus cestos do pão, têm no máximo um guardanapo colorido a forrá-los e os naperons... fazem parte das minhas memórias de infância quando ia brincar para a casa das minhas amigas.
Agora, eu pergunto:
Será que ainda há alguém da minha geração que discuta naperons e toalhas de mesa com as amigas?! Ou será este tema de conversa, é um assunto em vias de extinção?! ;)
terça-feira, agosto 15, 2006
Ciclo da água
Teimosia, persistência, esforço!
Desde o primeiro dia que foi assim.
No inicio foi o desafio, a curiosidade; a busca de afecto de quem vivia cansado da solidão. O desejo ardente de um pouco de calor, um pouco de primazia e atenção, quando os seus dias eram preenchidos pelos tempos livres daqueles que a rodeavam.
A magia que criou, fruto da imaginação galopante de quem ainda sonha viver no mundo do romantismo exacerbado e da inevitável morte por amor, - eternamente linda e embriagante - fê-la viver cada dia como se andasse sobre nuvens. De olhos discretamente fechados, acreditava que aquilo era a realidade construida pelos dois. Algo tranquilo e imutavel, em nada semelhante a uma nuvem: o eterno resultado do ciclo da água.
Acreditava que os dias solitários estavam a chegar ao fim e que a aventura promissora finalmente se tinha cruzado com ela. E realmente era assim que tudo se passava; Aos seus olhos tudo era luz, cor e purpurina.
Vivia de olhos fechados e não sabia. Tacteava aquela outra parte e nem dava conta que via aquilo que o seu coração sonhava ter.
Os tufões apareciam e ela abraçava-os com paixão.
- Fazem parte da aventura e da próxima vez serão menores. Afinal de contas, também já os tive e sei que a força dos abraços os consegue transformar em ventinhos bons.... - pensava ela no meio da sua cegueira.
A persitencia fê-la continuar. E o esforço fê-la adaptar os sonhos de sempre à realidade que não queria ver.
De olhos fechados caminhava sorridente e saltitante. Os momentos bons, faziam brilhar o seu mundo e os tufões que a atiravam por terra, eram esquecidos a cada vez que aqueles braços suaves a envolviam.
- Para a próxima será menor; Ou se calhar nem chega a haver próxima e tudo será ainda melhor! - voltava a sonhar enquanto disfrutava do aconchego temporário daqueles membros que a abraçavam.
A persistência deu lugar à teimosia. E os olhos continuavam fechados.
Os tufões eram cada vez mais intensos e a poeira feria-lhe os olhos. As lágrimas escorriam-lhe com afinco, numa tentativa de alivio daquela dor aguda que não conseguia controlar. Os seus braços já não tinham muita mais força para abraçar e a cor em que vivia começava a desbotar.... Os olhos principiavam a abrir e a aventura a desvanecer.
Cansada de se adaptar, moida de tanto lutar, começa a acreditar que viviam mesmo nas nuvens e a fase da chuva aproxima-se rapidamente. O ciclo chega ao fim e há que ter coragem para o aceitar.
Cansada de dar, na esperança de aínda vir a receber, arregala bem os olhos e sorri enquanto observa a nuvem a transformar-se em gotinhas de chuva, que a seu tempo voltarão a ser nuvens outra vez... :)
Desde o primeiro dia que foi assim.
No inicio foi o desafio, a curiosidade; a busca de afecto de quem vivia cansado da solidão. O desejo ardente de um pouco de calor, um pouco de primazia e atenção, quando os seus dias eram preenchidos pelos tempos livres daqueles que a rodeavam.
A magia que criou, fruto da imaginação galopante de quem ainda sonha viver no mundo do romantismo exacerbado e da inevitável morte por amor, - eternamente linda e embriagante - fê-la viver cada dia como se andasse sobre nuvens. De olhos discretamente fechados, acreditava que aquilo era a realidade construida pelos dois. Algo tranquilo e imutavel, em nada semelhante a uma nuvem: o eterno resultado do ciclo da água.
Acreditava que os dias solitários estavam a chegar ao fim e que a aventura promissora finalmente se tinha cruzado com ela. E realmente era assim que tudo se passava; Aos seus olhos tudo era luz, cor e purpurina.
Vivia de olhos fechados e não sabia. Tacteava aquela outra parte e nem dava conta que via aquilo que o seu coração sonhava ter.
Os tufões apareciam e ela abraçava-os com paixão.
- Fazem parte da aventura e da próxima vez serão menores. Afinal de contas, também já os tive e sei que a força dos abraços os consegue transformar em ventinhos bons.... - pensava ela no meio da sua cegueira.
A persitencia fê-la continuar. E o esforço fê-la adaptar os sonhos de sempre à realidade que não queria ver.
De olhos fechados caminhava sorridente e saltitante. Os momentos bons, faziam brilhar o seu mundo e os tufões que a atiravam por terra, eram esquecidos a cada vez que aqueles braços suaves a envolviam.
- Para a próxima será menor; Ou se calhar nem chega a haver próxima e tudo será ainda melhor! - voltava a sonhar enquanto disfrutava do aconchego temporário daqueles membros que a abraçavam.
A persistência deu lugar à teimosia. E os olhos continuavam fechados.
Os tufões eram cada vez mais intensos e a poeira feria-lhe os olhos. As lágrimas escorriam-lhe com afinco, numa tentativa de alivio daquela dor aguda que não conseguia controlar. Os seus braços já não tinham muita mais força para abraçar e a cor em que vivia começava a desbotar.... Os olhos principiavam a abrir e a aventura a desvanecer.
Cansada de se adaptar, moida de tanto lutar, começa a acreditar que viviam mesmo nas nuvens e a fase da chuva aproxima-se rapidamente. O ciclo chega ao fim e há que ter coragem para o aceitar.
Cansada de dar, na esperança de aínda vir a receber, arregala bem os olhos e sorri enquanto observa a nuvem a transformar-se em gotinhas de chuva, que a seu tempo voltarão a ser nuvens outra vez... :)
amor, amor, amor
segunda-feira, agosto 14, 2006
3,
Numa redoma de água salgada, ordenaste que tomassemos caminhos diferentes.
A lampada fundiu-se e aprendi braille.
Pisamos agora a mesma terra, como um dia o fizemos.
O ar está quente e tremo de frio.
A lampada fundiu-se e aprendi braille.
Pisamos agora a mesma terra, como um dia o fizemos.
O ar está quente e tremo de frio.
sábado, agosto 12, 2006
quinta-feira, agosto 10, 2006
Picadas, picadelas, mosquitos e melgas
Todos os grupos de amigos que passam férias juntos, têm sempre um membro que é particularmente massacrado pelos mosquitos, melgas e afins. Estes detestáveis insectos voadores, cujo entretenimento estival é sugar todo o sangue da sua presa e transformá-la numa borbulha gigante repleta de comichão, insistem em morder apenas uma vítima do tal grupo de amigos, deixando todos os outros ilesos, enquanto o/a desgraçado/a mártir, passa o resto das férias a agonizar de comichão, inchaço (que nalguns casos pode ser doloroso) e meladice provocada pelo excesso de camadas de fenistil que, em momentos de loucura, coloca numa vã tentativa de acalmar o incómodo.
No meu grupo de amigos, esse mártir sou eu! Aliás, sempre fui eu!
Não há repelente de insectos que me valha ou rede mosquiteira que os detenha. Por vezes, até chego a pensar que faço parte da lista de pratos favoritos da AMMASH (Associação de Mosquitos e Melgas Ávidos de Sangue Humano).
Sempre me disseram que esses monstros minusculos gostavam de pessoas doces, por isso tornei-me ruim, mas foi em vão. Depois, disseram-me que era do sangue docinho e dexei de comer doces e açucar para ver se passava um Verão tranquilo, mas também foi em vão.
Mas estas férias, estive a falar com outra vítima destes ataques e descobrimos que temos o mesmo tipo de sangue: O+. E assim encontrei alguma calma numa possivel explicação para este fenómeno...
Por isso, deixo a pergunta no ar: Caros companheiros, vítimas dos ataques desmedidos destes insectos de Verão: qual é o vosso grupo sanguineo?!