Diálogo do nada
A televisão está desligada. A guitarra portuguesa acarinha o espaço. A luz amarela alumia a sala quente e reconfortante. Dois corpos enterrados no sofá, deixam-se simplesmente estar...
- Estás tão calminha hoje... que tens?
- Estou relaxada :D
- Queres que vá embora para não incomodar o teu relax?
- NÃO! Tu não o incomodas, fazes parte dele!
Não sei como funciona com o resto das pessoas que andam neste mundo. Mas para mim, o relaxamento total, só é conseguido se no meio daquela tranquilidade toda, estiver presente, aínda que mudo e quieto, o corpo que completa o meu.
As palavras podem não aparecer e os olhos podem estar fixos no tecto branco, mas as costas da minha mão esquerda a tocarem levemente naquela pele quente, agasalham o coração e dão a paz desejada em dias assim...
amor, amor, amor
Dormitar, enroscados no sofá, é um dos grandes prazeres da vida...:) sem ter o que fazer ou onde ir, ter tudo ali mesmo à mão