Regresso a casa

Deixo-te aconchegado, envolvido em sonhos mil.

Um guardanapo escrito às escuras, iluminado pelo brilho dos meus olhos em ti, é cuidadosamente colocado onde possas ver.

Regresso a casa, de mãos frias e... :)

Do lado esquerdo, sem me largar um segundo, estás agora Tu, a minha confidente e guardiã de sempre. O meu colo, o meu embalo, o meu alento.

Crescente como eu. Em sintonia como tantas vezes...

Confesso-te coisas cá de dentro; do crescendo desta melodia que tenho vivido desde aquela vez que Estavas cheia. Ouves-me com atenção e chegas a repreender-me.

- Estigmas! - dizes TU com essa testa e sobrancelha franzidas.

- Não Te livras da voz doce, Caríssima - penso.

- Não servem para nada! Tiram Luz, fantasia, brilho! Blargh! Não percebo porque é que vocês humanos, insistem em alimenta-los tantas vezes! É que são mesmo muito indigestos!

(rio sempre quando estou Contigo)

Continuamos envolvidas nas palavras e até Tens tempo para me afagares o cabelo com esse toque de nuvem doce!

Chego a casa e à despedida Presenteias-me com uma bolha de gravidade zero!

Deliciosa!!!

Deixo-me abosrver por ela e flutuo até ao ninho dos sonhos doces.

Entrego-me a eles e com pezinhos de lã, vou adormecendo, até amanhã.